quinta-feira, 9 de julho de 2015

Mais um dia

Foto retirada da internet. 
 Chego em casa e, como de costume, jogo as chaves no sofá.  Pego um livro qualquer e ligo a TV. Não vejo nada. Quero apenas romper o silêncio que me ensurdece. Chega ao fim mais um dia frustrante. Mais um dia em que não fui nada do que eu queria ser.

  Penso nos conselhos do meu pai e na fé que eu aprendi a ter por causa dele. Será que está faltando oração na minha vida? Tomo uma xícara de café, enquanto procuro respostas. Ele está amargo. Eu também.

  Falo sozinha, ando de um lado para o outro, choro. Sempre fui assim. Tudo o que não cabe mais em mim, transborda pelos meus olhos. Não sei, exatamente, o que quero. Sou só indecisão e a astrologia não me favorece. 

  Preciso de um banho quente. Tiro a roupa e entro debaixo do chuveiro. Queria poder me despir dos meus medos também.  A água cai sobre os meus ombros, mas não lava o peso que eles têm. Ela escorre pelo meu corpo, mas não leva a tristeza que sujou o meu sorriso. 

  Estou com sono.  Ajeito o travesseiro e programo o despertador. Vou dormir na espera de um novo dia, de uma nova oportunidade e da certeza de que eu ainda vou ser tudo o que eu queria ser hoje, e não fui.