sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Entrevista com o escritor Hugo Rodrigues

"Todo mundo precisa encontrar em alguém algo que não
encontrou em todo mundo", trecho de "Dom&Nique".
  "Da boca pra dentro, tudo que é não dito vira gritaria" e, muitas vezes, se transforma em textos lindos.

 Quem lê Casal Sem Vergonha e Entenda os Homens, certamente, conhece Hugo Rodrigues. O carioca, de 27 anos, é autor de "Um Sorriso de Oito Graus na Escala Richter", "Mulheres, Malditas Maravilhas", "Na Décima Nuvem" e, agora, está lançando mais um  romance: "Dom&Nique". 

   Segundo ele, o livro "é uma tentativa de mostrar visões diferentes sobre o amor e provar que nenhuma está errada." Em uma entrevista, Hugo falou sobre a carreira e as suas  influências. Veja:

De onde vem a sua inspiração?

Eu me inspiro no errado. Nas coisas que ainda não disse. Em tudo que eu ouço e quero completar. Me inspiro em quase tudo que não parece ser inspirador.

Quais escritores você admira?

Eu admiro escritores que são fáceis de ler.
Não que isso seja ruim, mas que vão direto ao ponto, sem inventar formas rebuscadas. Gosto do Alejandro Zambra, do Fabio Chap, do Ricardo Coiro, do Garcia Lorca, do Rimbaud, do Pessoa, do Caio Fernando Abreu...

Quando começou a escrever?

Desde adolescência eu crio versos. Mas
"Até seus silêncios eu gosto
de ouvir", trecho de "Dom&Nique"
difícil dizer quando comecei a escrever o que escrevo hoje. Desde muito cedo mesmo eu gosto de fazer poesias e rimas.

Quais as dificuldades de escrever um livro?

A narrativa. Encontrar um caminho que tenha lógica e fugir do que já fez e do que já fizeram. Nem sempre consigo e, às vezes, acho que tô sempre falando a mesma besteira.

Quais dicas você dá para quem pretende escrever um livro?

Minha maior dica é ler bastante. Criar referências. Depois,  escreva o que vier à cabeça. Não se preocupe com quem vai ler - se alguém vai ler. Escrever é, apenas, conversar consigo mesmo.

  Se você mora em São Paulo, Belo Horizonte ou no Rio de Janeiro, fique atento! O lançamento, nessas capitais, já tem data marcada. Mas se você mora em outra cidade, não se preocupe,é só pedir o livro pelo email niquehr@gmail.com. Para ficar por dentro de todas novidades, clique aqui.

sábado, 15 de agosto de 2015

Seguir sozinha, é a melhor forma de ir mais longe

Foto retirada da internet
 Tem relacionamento que nunca é o que a gente quer, mas que a gente sempre acha que, um dia, as coisas vão entrar no eixo. E nessa queda de braço com o tempo, a gente se anula. Cria expectativas e colhe inúmeras decepções. A gente espera muito, se doa muito, entende demais e não recebe nada em troca. A gente perde tempo.

   Ficamos três, quatro anos ou o resto da vida com a pessoa errada. Relacionamentos assim, são como labirintos. Queremos encontrar a saída, mas nos perdemos e nos machucamos ainda mais. Ignoramos a orientação indicada pela bússola e seguimos a expectativa, a esperança... Nos apegamos a qualquer ação positiva do outro e passamos a acreditar que são pequenos sinais de mudança. E isso é bobagem!

  O tempo passa, nada muda. São sempre as mesmas falhas e os mesmos pedidos de desculpas: "o erro foi meu. Você é uma pessoa maravilhosa e não fez nada de errado. Eu que sou errado." Um roteiro que eu já sei de cor.

  Viver com quem não nos acrescenta, é morrer aos poucos. É se fechar para as possibilidades e se recusar a acreditar que existe vida além dessa muralha de orgulho. Mas querer ser feliz, é primeiro passo para a libertação. Só assim, iremos nos livrar de todo peso morto que atrasa a caminhada e nos puxa para trás. Seguir sozinha, é a melhor forma de ir mais longe.